quinta-feira, 23 de setembro de 2010

22 de setembro

O nascer do sol n´outro horizonte,
Uma luz a iluminar as crateras por onde piso
A sensibilidade dos cristais, das chapas de aço
Um momento estático defronte luzes e guilhotinas
Papeis, solventes, cadáveres, duendes perturbadores
Tudo para colorir, tanto o verso como antiverso
Policromia, transparências, provas de inexistência
O doce cheiro das flores de papel,
Universo paralelo, amarelo, anil, rubro...
Negro.

CONTOS
Nesse momento, o passo
Desse fragmento um pedaço
Conserto o concerto, torto, estreito, peco.
Potes, vasilhames rachados em cacos
Sonhos vastos e damas ilustres
Desconhecidas
Num dia cinza encontrar a beleza
Que no frio, n´algum deserto
Prossegue entre as corcovas.
Em todo esse sentimento
Sem partes, inteiro e incompleto
Repleto de ar, de gases voláteis
De impossíveis planos ardilosos
Para a minha arguta fantasia
Sem palavras ou livros
Sem memórias, sequer histórias
Prossegue nesse eterno retorno
De fábulas e odisséias