quarta-feira, 30 de abril de 2008

As cartas se viram em sonhos
abstratando todo tratamento
neurológico.
Pássaros passaram a pesar
dezenas de arrobas, enquanto
almas impuras se sublimam para
o inferno.
O céu realmente é aqui,
onde existe o amor, o ódio.

terça-feira, 29 de abril de 2008

A professias passaram a se realizar,
é sentido, percebido junto a maré de alegria e dor,
de paz e caos.
Espero não ser o único

sábado, 26 de abril de 2008

Fecham-se as janelas,
correm-se aos bandos
Foge-se pelo fogo, sem
saber andar nas gélidas,
pálidas, ébrias, palavras,
miragens, póstumas do
cadáver de olhos abertos,
saltitando em peripécias, se
acentuando sem assunto, sem
razão, contando somente com
o pensamento, a lógica, alógico,
usando seu belo cabelo para afugentar
as moscas!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

De frente para o passado

Quando a mesma volta,
vai procura,
perde o seu tempo,
a cada volta que nunca volta,
mas volta e resplandece
as trevas ocultas atrás
de sua testa.
Cai o tempo, vôa lentamente.

sábado, 19 de abril de 2008

Quase

Cada sorriso uma lágrima, cada dia uma noite,
Todo o tempo em caos, parado no paraíso
Para isso colorindo o cheiro forte de chuva ácida,
Transformando as saídas em portas de fachadas
Fechadas claro, no meio escuro que faz possível ver,
Que se faz possível entender à relevância inerte
Aos ponteiros flexíveis dos tempos mais rígidos.
É necessário ver desde o vento, ao que está ali,
Atrás do horizonte, camuflado em delírios, nas
Cápsulas multicromáticas, quem sabe no som da luz
Cinza, nas cinzas de um dia furtivo, furtado-falado,
Ouvido-sentido, pensado e nunca dito, grito, gritado,
Calado, feito, quase perfeito, eleito o derrotado.

Lifeson Padilha