sexta-feira, 26 de março de 2010

Purificação


Ao fim da noite os sinos dobram
Ao suave som, memórias retornam
Equalizo possíveis e futuras sílabas tortas
Ao nostálgico e sonoro mentalizar das revoltas
Perdidos na distinta humanidade
Na loquaz e silenciosa cidade
Vazia, vadia, tardia felicidade
Da opaca e até trágica eternidade!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Hollywood Red

Dividido e culpado

Volto a dormir entorpecido.
Grito quando é dia
Amanhecendo negro entre as cores da vida.
“Hatful of hollow” Segue essa trajetória submersa
Copos vazios, alma lacrimosa
Juras de eterna afeição,
Nas ilusões e desvios do comportamento.
Flores vermelhas cortando a noite
Velas acesas no cemitério impuro
Juro ser útil à palavra,
Ao inutilizar o meu perfeito estado.
Dividido e culpado
Coroado, corroído
Cuspindo a excreção do cigarro
Hoje: Devo ter dormido durante horas.
Leva nos seus braços
Meu abraço transtornado
Meu olhar fora de foco
Meu fino comportamento diante de todos
O abismo que se abre agora:
Não, não é coisa nova
É um velho de barba e cabelos grisalhos.



Bruno Muniz - escritosopacos.blogspot.com