terça-feira, 16 de setembro de 2008

Vitória

Nada parece tão eterno
como a dita tristeza
em seus olhos,
o que vejo em você,
deve doer em sua alma.
Incógnita é o seu sorriso,
o acaso é sua postura
Pena não te conhecer.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Uma canção sem violão

Quando tive um coração
Me afoguei num vasto mar
Que pediu outra canção
Impedindo-me de sobre ele andar

Racionando o raciocínio sentimental
Embriagado pelas próprias palavras
Flagelando-se como nenhum outro animal
Calando-se, mostrando como se calava

Por trás das persianas a certeza cega,
Defronte os olhos fechados o risco...
Perante a mim se muda e se nega
Até ver que realmente penso e sigo

Por acreditar expulsei falsos positivos
Quanto ocultei-me ao momento e pensei
Refletindo ao meio termo dos intuitivos
Cada instante sagrado que eu criei

quinta-feira, 29 de maio de 2008

...Num derradeiro desabafo
Falou que tudo seria diferente
E apoiando-se em mim
Sussurrando, pediu que
Largasse meus vícios
E decidida, disse-me:
-Vamos ser felizes juntos!?
Por que não atendi, nem sei
Arrogante e sem limites
Segui um caminho
Em que perdi o rumo
E hoje sou triste sozinho...

DAN (AleAtÓrIoS)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

som


Queria ter apenas
O que sobra no vazio
Alheio de quem me olha,
Queria ter a boa nova de quem cavou
Um belo buraco no céu,
De quem resistiu ao pedido
Imposto pela suave tempestade
Fazendo chover raios de sol
Por um lapso no momento cético.

Lifeson Padilha

sábado, 17 de maio de 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

de Tróia

Quando o momento se
transforma em tempo
O vento balança a alma
e o coração bate no corpo,
a dor é interna.
Enquanto o sorriso
exporta felicidade
taciturnamente fere-se
uma alma morta

quarta-feira, 30 de abril de 2008

As cartas se viram em sonhos
abstratando todo tratamento
neurológico.
Pássaros passaram a pesar
dezenas de arrobas, enquanto
almas impuras se sublimam para
o inferno.
O céu realmente é aqui,
onde existe o amor, o ódio.

terça-feira, 29 de abril de 2008

A professias passaram a se realizar,
é sentido, percebido junto a maré de alegria e dor,
de paz e caos.
Espero não ser o único

sábado, 26 de abril de 2008

Fecham-se as janelas,
correm-se aos bandos
Foge-se pelo fogo, sem
saber andar nas gélidas,
pálidas, ébrias, palavras,
miragens, póstumas do
cadáver de olhos abertos,
saltitando em peripécias, se
acentuando sem assunto, sem
razão, contando somente com
o pensamento, a lógica, alógico,
usando seu belo cabelo para afugentar
as moscas!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

De frente para o passado

Quando a mesma volta,
vai procura,
perde o seu tempo,
a cada volta que nunca volta,
mas volta e resplandece
as trevas ocultas atrás
de sua testa.
Cai o tempo, vôa lentamente.

sábado, 19 de abril de 2008

Quase

Cada sorriso uma lágrima, cada dia uma noite,
Todo o tempo em caos, parado no paraíso
Para isso colorindo o cheiro forte de chuva ácida,
Transformando as saídas em portas de fachadas
Fechadas claro, no meio escuro que faz possível ver,
Que se faz possível entender à relevância inerte
Aos ponteiros flexíveis dos tempos mais rígidos.
É necessário ver desde o vento, ao que está ali,
Atrás do horizonte, camuflado em delírios, nas
Cápsulas multicromáticas, quem sabe no som da luz
Cinza, nas cinzas de um dia furtivo, furtado-falado,
Ouvido-sentido, pensado e nunca dito, grito, gritado,
Calado, feito, quase perfeito, eleito o derrotado.

Lifeson Padilha



terça-feira, 18 de março de 2008

Uma pele sedosa é sempre cobiçada...

E se começa a peleja, pelos flancos, pelo front,
pela retaguarda, em guarda!
Desferindo-se palavras sorrateiras,
arremessando alados olhares,


Sangrenta!


A música perde sua cadência, a lei
da desordem foi instaurada,
bebe-se o sangue no lugar do
vinho vagabundo e pagão,
quem sente é derrotado e o que se vê
é breu.

terça-feira, 11 de março de 2008

da janela mais alta é possível
ver o caos, habitante inóspito
habitado entre fieis e pagões,
habitando o espaço do furto,
futíl pensamento, banal ser,
toma-te um caminho sem curvas
segue outra vida,
vive outro tempo,
anda em outra rua
e entende em outro sentido.

sábado, 8 de março de 2008







a corda enforca as mãos,
os braços gravateiam os sentimentos,
o ultimo desejo é dormir,
pra ser diferente,
para acordar com um novo
sorriso nos dentes,
pra olhar no espelho
e como todos ver
somente uma foto.
estive mais perto
estive sonhando
e pensei em ser o
que nem eu sei

sexta-feira, 7 de março de 2008

Estou ressaqueado, acordei mal e ainda me sinto mal, penso continuar o que não comecei ontem e quem sabe me sentir bem, ou não!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Mas uma vez ela apareceu, como sempre depois de alguns dias e no dia que penso e sinto sua falta. Foi estranho ela estava normal demais, seu sorriso brilhava, mas não mais iluminava, talvez estivesse um pouco mal.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Preâmbulo

Saio do meu entefolho,
levo rajada de poeira nos pés,
um mito corre com algo
que não lhe pertence
Só enquanto que ro sair do caos
Urbano/rural/irracional
rumo a necrópole
(paz)
de lá vejo duas torres futuristas
mas ao invés de depreciar postes sem fios,
carros voadores, teletransportes,
aprecio o vôo circular dos urubus em torno
de toda aquela carniça lá embaixo
que logo mais eles terão
como antepasto,
já que é só o começo.

Tempo ao tempo



Viajo com o vento,
Peço uma carona ao tempo,
fico tonto nos seus lisos cabelos
q´eu tentei enrrolar
vivo um momento que nunca lembrei
atuo numa cena que nunca esperei
sorrio pela falta de ira,
sorrio pela falta de graça
que me domina só enquanto
lembro da delicadeza,
que ela esbanja e
penso em cortar
meus pulsos nesse fino cristal